AULA 07/ out 2021 - O QUE O ATIVISMO DE RAÇA IGNORA: GRANDES NEGROS QUE SÃO PRATICAMENTE DESCONHECIDOS NOS LIVROS DIDÁTICOS E INVISÍVEIS AOS BRASILEIROS POSTAGEM DOIS ( COM NOVOS VÍDEOS E DOCUMENTÁRIOS ) JOHNNY ALF O VERDADEIRO PAI DA BOSSA NOVA E MUSSA KITAI I O HOMEM MAIS RICO DE TODA A HISTÓRIA HUMANA, E PE JOSÉ MAURÍCIO, GENIAL COMO J.S. BACH,TODOS NEGROS

 


O
assunto que nesta aula é urgente, sério e tem sido pouco aventado é abordado por mim sem preocupação em esgotá-lo mas com o objetivo de inspirar positivamente e não reavivar ódios.

Muita bobagem panfletada pelos mais afoitos e até desonestos tem sido a pólvora para trazer velhos ódios com consequências ainda maiores e como não a erro sem resposta, sem consequência, este é um erro real nas próximas décadas: que pessoas de determinada etnia construam um discurso revers contra outros ( e isto já está acontecendo! ). Cuidemos para que o pior não aconteça no futuro.

Isto porque, tem-se a respeito dos artistas, a concepção de que os mesmos detenham uma "verdade", na arte que produzem. As vezes ( e não poucas ) essa produção é de caráter duvidoso, pouco ou nada exato, mas não admitem ser questionados.

Socialmente, tudo o que os artistas digam, seja forma opinativa, seja através de uma performance ou ainda panfletária, o fazem inevitável e principalmente com o aval da mídia. Dessa maneira é imediatamente aceito como verdade última e absoluta, sem passar por um crivo rígido de uma crítica ou um debate mais aprofundado.

Isto se dá porque raramente, afora artistas de linguagens mais reservadas como escultores, urbanistas, arquitetos em geral, os demais artistas dominam melhor a arte da comunicação com o público, ou pela simpatia ou pela bizarrice, o que cria pontes entre si mesmos e o público em geral, garantindo espaço na mídia, o melhor meio e mais imediato propalador de vozes junto as massas mais populares.


Ao lado disso, temos uma classe de artistas que embora passem por artistas populares, flertam muita frequência com a academia e são bajulados pelos autodenominados intelectuais.


Via de regra , a grande maioria dos artistas são autodidatas, tendo frequentemente abandonado profissões, estudos e carreira acadêmica. Os que concluíram algum curso superior os concluíram fora das suas carreiras, excetuando-se obviamente por natureza de sua formação os músicos eruditos que por falta de tempo, dedicação exclusiva à música clássica, são naturalmente distantes de outras questões.


Apenas por essas questões e não só por elas, é fácil entender que embora devam ser ouvidos e vistos em todas as suas manifestações artísticas, recomenda-se muito apropriadamente que se veja criativamente tudo o que venham a produzir artística e socialmente.


Mas há outro ponto importante e passível de uma análise e crítica contundentes: artistas dependem de seu trabalho para sobrevivência como todo mundo. Embora a "arte" não seja facilmente aceita como trabalho e "trabalho duro", dos sortidamente bem sucedidos e milionários até os anônimos e vivendo à duras penas, todos dependem de seu trabalho artístico. A situação fica patente, claro nessa longa pandemia durante a qual atores e cantores passaram enormes dificuldades e viram suas rendas despencarem. Ou seja: o artista vende literalmente seu trabalho com pouca ou nenhuma opção de escolha. Deste modo artistas, por essas e razões bem mais impositivas , serviram a regimes autoritários, governos sanguinários, ideologias e religiões espúrias sem o menor constrangimento. Também e igualmente, por dependerem de um círculo de iguais que os recomendem, artistas podem ser facilmente excluídos e perseguidos por seus iguais adotando a maioria o caminho mais fácil à sobrevivência individual: uma concordância com o grupo majoritário e um certo corporativismo. Ou: seja em que área artística , se for um artista solitário , não sobrevive artisticamente.


Os exemplos são muitos e todos publicamente vistos e conhecidos, faltando apenas eventualmente apontar um a um seu desvio como devem ser acusados.


Quem não se lembra do logo, do símbolo nazista inspirado em um símbolo bem mais antigo de origem indiana e apenas invertido como se fosse algo original e novo? Ou pode-se lembrar de uma decisão isolada feita por um padre europeu para simplificar a compreensão do episódio bíblico da queda do homem no Éden, o fruto proibido sendo como a maçã, um fruto de origem oriental e cobiçada na Europa. Uma decisão simplista que tomou o mundo pela repetição acrítica e encomendada a artistas?


De fato, qualquer simplismo ou mentira logo toma corpo, passa a fazer parte do inconsciente ou consciente coletivo e se torna difícil de ser finalmente desfeita.


É portanto absolutamente fácil compreender que na divisão ideológica as partir do final do século XIX e início do século XX, entre capitalismo e socialismo, o segundo como proposta de reforma social, se lance como outras ideologias e fés religiosas, da força de penetração e convencimento superficial da arte para a sua panfletagem e convencimento público.

É muito penoso ser convencido por um livro com argumentos complicados. É muito mais fácil e imediato ser convencido por ilustrações, esquetes, filmes, desenhos animados , performances públicas ou por celebridades indiretamente alçadas e tidas como "artistas". Afinal a maioria das populações em todo o mundo não têm acesso ao círculo fechado e elitista dos reconhecidos acadêmicos ou até de intelectuais mais populares.


Hoje por diversas razões e circunstâncias globais, isto é muito mais frequente, escancarado e absorvido acriticamente, portanto mais efetivo e eficiente. Hoje é muito mais fácil mentir embora algum lado apressada e frequentemente se adiante em acusar o outro lado ( que coloca em dúvida o seu discurso ) de ser mentiroso, propalador de mentiras e portanto de rasas "fake news".


Faltou dizer que inconscientemente as pessoas pensam ser a arte um tipo de entidade "justa" como se ela não incluísse ou excluísse quem de alguma forma ( porque é sempre refém de um grupo ) quem destoa ou não seja exatamente promissor ao seu próprio desenvolvimento e por isso ( leia-se mercado ), pois a Arte vende coisas como se fossem ou sejam arte, obras de arte.


A Arte não é justa como inconsciente se entende e é excludente com aqueles que eventualmente destoam ocasionalmente do que majoritariamente lhe convenham. Daí não é difícil compreender que uma repentina ou mais ou menos duradora repetição , até a enfadonha de "verdades" venham como uma avalanche e pareça ser a única reveladora verdade, absoluta e contra a qual não haja sequer mínimos e razoáveis argumentos. E isto referentes à "verdades" sobre as quais a arte não detenha o mínimo domínio como "verdades" internas e referentes a si mesma. Como acusar o grande pintor Pablo Picasso de não ser um talentoso pintor? Como por em dúvida o título do compositor e cantor Caetano Veloso de ser um "artista popular" ( algo colocado em dúvida pelo seu contemporâneo, colega, também nordestino, Raimundo Fagner que afirmara em entrevista recente: "Caetano nunca foi um grande vendedor de discos!" sic )


A lista de artistas ( entenda-se: criadores e produtores de arte ) excluídos e não destacados nos livros didáticos e de qualidade artística importante para a própria arte é enorme e incompreensível como se cometera e ainda se conserva tamanhas injustiças.


O "pai do rock n' roll era um homem negro e poucos lembram ou sequer sabem o seu nome. "O verdadeiro pai da Bossa Nova" era pelo menos um não-branco, mas poucos sabem desta realidade ou lembram o seu nome e obra... "Papai Noel" é inspirado em um homem pelo menos não-branco, um bispo cristão e ninguém contesta isso, pelo menos ao ponto de rever-se toda a propaganda natalina tida como verdade absoluta (obra da Coca-cola) ; um dos reis magos foi interesseira e oportunisticamente personalizado como "negro", sendo que provavelmente não o era ( fato irrelevante ); a "padroeira do Brasil", uma versão negra criada para apaziguar ânimos e criar uma "identidade não europeia e branca"... e os exemplos de arbitrariedades e distorções são incontáveis e praticamente infindáveis. Hoje personagens de HQs são transmutados ignorando-se a imaginação de seus criadores originais ( todos já falecidos ) para satisfazer panfletagem ideológica interesseira e arbitrária, quando legitimamente poderia criar-se novos e originais personagens para este fim e não aviltar-se os originais por simples respeito a propostas mensagens originais e importantes propostas por seus respectivos autores em seu próprio tempo.


Questiona-se a forma dos crucifixos não corresponderem ao instrumento de tortura dos romanos, é interessante a cruz de malta portuguesa, das naus por ocasião dos descobrimentos, ser muito mais agradável e praticamente no alienar do terrível significado a cruz original, tudo isto promovido por artistas e pela acrítica "arte".


Mas vamos ao que interessa de forma bem prática e bem objetiva:


Fui praticamente atacado e taxado como atrasado e desinformado por numa reunião pedagógica acerca de um reiterado e viciado projeto de consciência negra e ter reiterado que o conceito de raça não existe ( sic ) e que a personagem de Zumbi dos Palmares não satisfaz aos anseios e nem ao menos condiz a sua biografia rasa com os ideias de não-escravidão ou não escravagismo modernos. Afirmei ainda que a manutenção do mito e das estratégias inconsistentes tanto de classificação de quem é ou não negro como o racismo de "negros" contra verdadeiros "negros e particularmente contra as mulheres realmente negras serem uma ostentosa hipocrisia. Reafirmei ainda que se quisermos criarmos uma sociedade pacífica e de boa convivência ( o que não significa igualitária, pois isto é outra coisa ) não podemos reerguer os muros do racismo baseados em aparências estritamente físicas ou estéticas ( disse isto tudo com outras palavras devido às circunstâncias e momento ).


É óbvio e até bastante natural que todo o ativismo caminha muito mais rapidamente e atinge sempre uma grande massa de pessoas por meio das diversas linguagens artísticas que atingem diretamente aquilo que é eminentemente emocional e estético, seja visual, sonoro, tático ou todos. Novamente poucos terão paciência, tempo, compreensão de ler e refletir uma tese em um livro em linguagem eminentemente acadêmica e em um português mais culto, exato e considerado erroneamente mais elitista e seu frequente discurso tomado como verdade última e absoluta.



Para deixar tudo bem claro vamos dividir tudo isto em duas partes:


A primeira parte falaremos de algumas personalidades aleatórias e só aparentemente anônimas às poderosas mídias e presente cultura de massa, mas iniciadores, produtores de coisas de excelência não só artisticamente.


1) O CARIOCA JOHNNY ALF O RECONHECIDO E 

VERDADEIRO PAI DA BOSSA NOVA


A Bossa Nova é o único gênero musical de excelência produzida no Brasil ( sim há outros, mas só a Bossa Nova é uma unanimidade estética musicalmente que ao contrário do que alguns propalam, influenciou o grande gênero de música realmente negra norte-americana, o virtuoso Jazz ).


A canção garota de Ipanema, ao lado de Wave; Desafinado; Samba do Avião e Águas de Março , dos grandes Tom Jobim e Vinícius de Moraes são exemplos de canções mais executadas no mundo e reconhecidamente brasileira. Quando se fala de pais da Bossa Nova se fala naturalmente de Antônio Carlos Jobim, João Gilberto e Vinícius de Morais, letrista, mas se esquecem irrazoavelmente do real "pai" deste gênero musical:



Tendo estudado piano a partir dos dez anos de idade, patrocinado pelos patrões de sua mãe, uma mãe solo, aos dezessete, já tinha formado no Científico, falava inglês fluentemente e contra a vontade de seus mentores, tendo estudado música erudita, tocava música popular em boates do Rio de Janeiro. Tom Jobim o chamava de "Gênio Alf!" Sua composição "Bom Rapaz" é oficialmente reconhecida como a primeira canção do gênero Bossa Nova, pelo seu arranjo, maneira de tocar o seu piano e de cantá-la!









2) O REI DO MALI, KITAI I

Frequentemente se fala acerca de Bill Gates ou um ou outro bilionário que se alterca com ele com o título de "mais rico do mundo", todos "brancos" e na verdade não há nada de errado em serem "ricos" ou "brancos", mas enquanto a Bíblia registra o rei Salomão como o mais rico de seu tempo ou até o seu tempo, um homem negro do Mali foi no século 13/ 14 o homem mais rico de toda a história, tendo em vida a fenomenal riqueza de vinte vezes a maior riqueza de Bill Gates no seu melhor momento. Isto não é pouco e ninguém fala dele ou informa aos afrodescendentes que o homem mais rico não foi um branco , mas um negro. Sua biografia e seu nome você vê aqui neste link:






3) PE JOSÉ MAURÍCIO, MAIOR MÚSICO DA CORTE NA CATEDRAL DO RIO

 DE JANEIRO, SÉCULO XIX CUJA GENIALIDADE SE IGUALAVA AO DO

 GRANDE GENIO DO BARROCO ALEMÃO, J.S. BACH, O MOZART DAS AMÉRICAS. ( FOI CONTEMPORÂNEO DE MOZART )




Este vídeo mostra a imensa, genial e monumental música deste
músico de composição excelente, que só hoje, dois séculos depois começa a ser reconhecido no velho mundo, particularmente na Alemanha e por consequência em toda a Europa.
r reconhecido e difundido fora do Brasil, principalmente na Alemanha e outros países europeus.




Este segundo vídeo detalha a sua importante biografia, assista-o com atenção.

No link seguinte um resumo, equilibrado da questão, que no Brasil ao lado de outras datas desertificantemente criadas tem mais um fim populístico que real, ao lado por exemplo da padroeira do Brasil, data convenientemente acertada pelo presidente militar João Batista de Figueiredo para agradar círculos católicos e ter assim apoio ao seu governo que já se ressentia de um retorno à nossa atabalhoada democracia ( que nos digam todos os outros após a redemocratização )


Se justifica ( e erraticamente ) que as crianças e jovens negros precisam ter como exemplo "figuras negras" para que sigam igualmente seus exemplos. Tenho por mim que não é uma questão matemática, o Brasil teve muitas décadas antes dos próprios EUA um presidente negro, um escritor de peso negro, Machado de Assis, dois governadores de estados brasileiros * Espírito Santo e Rio Grande do Sul, um juiz da suprema corte, o maior atleta de todos os tempos, reconhecido sem restrições em todo o mundo, um pai da Bossa Nova ao lado de um pai do Rock 'n Roll. O homem mais rico de todos os tempos, cem anos de faraó negros no Egito , a maior nação e povo da antiguidade, vindos de um povo que construiu uma muralha mais extensa que a própria muralha da China.


Mas fica a pergunta: cada indivíduo precisa de ter um exemplo correspondente à sua aparência? E os não representados: ruivos, albinos, anões?



Ou deveremos nos espelhar no ser humano, em qualquer um, independente de características simplesmente estéticas, independentemente de pertencimento mais superficial?


A discussão é muito mais ampla do que neste espaço que conheço profundamente, na verdade não ignoro a maior parte de seus pressupostos e porque eles são repetidos e formatados cada discurso e a cada narrativa.

Texto original: prof Helvécio S. Pereira
revisão de texto: prof Glayson Marcelino



E QUEM FOI ZUMBI?

É  bastante numerosa a repetição panfletária da mesma estória ( com "e" mesmo ) com todos os naturais e simplórios arranjos usados para se construir um mito, arranjo este em todas as culturas, de personagens seculares a personagens religiosos, sendo que pelo seu simplismo já se pode desconfiar seriamente deles.

No link seguinte um resumo, equilibrado da questão, que no Brasil ao lado de outras datas artificailemente criadas tem mais um fim populesco que real, ao lado por exemplo da padroira do Brasil, data convenientemetne acertada eplo presdnete militar João Batiwsta de Figueiredo para agreadar círculos católicos e ter assim apoio ao seu governo que já se recentia de um retorno à nossa ataboalhada democracia ( que nos digam todos os outros após a redemocraetização )

SOBRE O MITO ZUMBI DOS PALMARES


Se justifica ( e erraticamente ) que as crianças e jovens negros precisam ter como exemplo "figuras negras" para que sigam igualmente seus exemplos. Tenho por mim que não é uma questão matemática, o Brasil teve muitas décadas antes dos próprios EUA um presidente negro, um esceritor de peso negro, Machado de Assis, dois gevernadores de estados brasileiros * Espírito Santo e Rio Grande do Sul, um juiz da suprema corte, o maior atletas de todos os tempos, reconhecido sem restrições em todo o mundo, um pai da Bossa Nova ao lado de um pai do Rock 'n Roll. O homem mais rico de todos os tempos, cem anos de faráos negros no Egito a maior nação e povo da antiguidade, vindos de um povo que construiu um amuralha mais extensa que a prórpia muralaha da China.

Mas fica a perguta:cada indivíduo precisa de ter um exemplo correspondente à sua aparência? e os não representados: ruivos, albinos, anões?

Ou deveremos nos espelhar no ser humano, em qualquer um, independente de características simplesmente estéticas, independnetemente de pertencimento mais superfial?

A tática está errada, a pedagogia ( no sentido de como ensinar e demonstrar ) está francamente errada e erros cobram altos preços.

A discussão é muito mais ampla do que neste espaço e a conheço profunadamente. Na verdade não ignoro a maior parte deles e porque eles são repetidos e formatados, cada discurso e afirmativa, com objetivos não de resolverem problemas mas de se revivê-los.

Os tendenciosos são culpados das possíveis e já terríveis consequencias pois jamais verem o todo e desprezam ou ignoram boa parte dos fatos, justamente aqueles que não reforçam ou põem abaixo suas frágeis teses!

ZUMBI, HERÓI OU TRAIDOR?




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