AULA 08 / A MÚSICA ERUDITA, AS FAMÍLIAS DOS INSTRUMENTOS MUSICAIS E COMO OUVIR UMA SINFONIA!


Perguntei recentemente em mais de dez salas repletas de alunos, logo agora no retorno as aulas presenciais e turmas de alunos bons na maioria e ninguém sabia o que é música erudita.




Das duas uma: ou depois de oito anos de "educação artística" ( não fui eu quem dei aulas para eles anteriormente a estes dois anos ) quem ninguém lhes ensinou o óbvio e necessário quando se fala de música ou a exposição massiva a música ( canções) cada vez mais de qualidade reprovável e até detestável.

Afinal o que é MÚSICA ERUDITA?

Antes de dar uma resposta clara e sucinta, diferente das respostas dadas em aulas mais complexas até dadas em aulas de composição em faculdades de músicos, é importante esclarecer quer a Música Erudita recebe frequentemente os nomes de Música Clássica e Música de Concerto.

Lembre-se sempre que Música Erudita não é a mesma coisa de música instrumental que é a música onde apenas os sons de instrumentos musicais são ouvidos e tocados.

Embora predominantemente instrumental ( mas não só ) a Música Erudita  não é erudita por soar na maior parte só instrumental. Há também a música instrumental popular, como versão não cantada das canções populares.

A diferença portanto não é ser instrumental ou não mas na forma, na estrutura e na proposta.

Sempre se perguntam qual delas tem de fato melhor qualidade: a música popular ou a música clássica ou erudita.

Musicalmente, sem dúvida, por ser mais elaborada e de qualidade sonora indiscutivelmente superior, a música erudita é melhor, isto não significando que não haja "música erudita" monótona ou chata, como também há música popular igualmente chata, como há composições fruto de genialidade tanto na música popular como na música erudita.

Claro também que a música erudita para ser apreciada é necessária muito mais informação, contexto, dados sobe época e gênero, forma e estilo, algo na maioria das vezes deixado em segundo plano na maioria dos casos.

Trocando em miúdos: pode se divertir com o cancioneiro popular ( música popular ) sem absolutamente nenhum conhecimento prévio mas o mesmo não é inteiramente possível com relação à música erudita ou à música clássica.

Entre várias coisas a serem identificadas ao se ouvir uma sinfonia é o papel e o lugar de cada instrumento musical, mais exatamente de cada família de instrumentos musicais.

Poucas pessoas se perguntam porque numa orquestra há cerca de até cem instrumentistas ou mais. Há de se lembrar que as orquestras surgiram para executarem peças musicais muto antes da invenção de microfones, amplificadores e até da própria eletricidade. Logo o volume sonoro necessário para serem bem ouvidos cada instrumento musical era um fator essencial. Logo não bastaria um violino, um violoncelo ou uma flauta, excetuando-se os breves momentos de solos destes instrumentos musicais.

Havia e há ainda a questão de muitos instrumentos musicais ( a grande maioria ) não serem instrumentos harmônicos e no caso de ser necessário executar-se acordes ou separar-se vozes, um grupo tocaria uma frase musical ou notas e outro grupo de mesmos instrumentos musicais tocarem outro.

Vale notar que é possǘel tocar qualquer acorde em forma de arpegio ( aperjadamente ) ou seja um anota após outra, mas na família das cordas friccionadas ( violinos, violas, celos e contrabaixos ) só é possível tocar duas notas por vez ( duetos ), por isso mesmo se o arranjo pedir um acorde ainda mais acrescidos de mais uma quarta ou quinta nota dissonantes, são necessários vários instrumentos, preferencialmente um ( pelo menos para cada nota musical). Lembre-se ainda que quanto masi instrumetos musicias em uníssonbo maior o volume ( não a altura ) do som produzido!

Voltando aos instrumetnos musicais imagine que cada instrumebto é uma pessoa, ou mais exatamente uma voz de uma pessoa,deste modo há instrumetnos que substituem naturalmente mulheres, homens, crianças e que na peça musical deve,m ser imaginados ou reconhecidos como pessoas que dialogam entre si o tempo todo, que fazem perguntas, que respondem uns aos outros, que gritam, que se alegram, se assustam, tem medo, e que explicam , expõem alguma situação.

Se há um instrumento solista como um piano, um violoncelo ou mesmo um violino em oposição a orquestra inteira com cem músicos e instrumetnos, todos estes instrumentos musicais dialogam com o instrumento musical solista, como se fosse uma multidão altercando com um aúnica pessoa e vice-versa.

Claro que todas as emoçoes humanas são passíveis de se expressas em rtmo e sons muto mais amplamente que a música popular que de fato é muito limitada ( e sem que o público ouvinte perceba ) muuto repetida e pouco original.

Muito me pergunta que "gosto é gosto", "cada um tem o seu" mas esta afirmação é descabida e rasteira, pois em todas as demais situações da vida emitimos julgamentos nos baseando em valores nem sempre justos mas quando ocorre a situação da oposição entre a música erudita e a música popular alguns gritam de pronto e sem argumentos factíveis: "não" é tudo a mesma coisa"!

Não! não é é por muitas razões e a simpatua não deve ser incluida como elemento decisório no julgamenteo de qual é a melhor.

Posso preferir a sonoridade da língua italiana a da língua espanhola, preferir a sonoridade da língua ucraniana à sonoridade da língua russa; ou da língua iraniana ( o persa ) ao árabe; ou do inglês ao chinês, mas é apenas um ponto de vista sem argumetos que realmente digam que constituem fatos.

Para se ouvir música popular não é necessário ( e daí o seu sucesso entre as massas ) de nenhum conhecimento musical mas da música erudita, embora certos trechos, pequenos seja verdade seja tão populares como os primeiros acordes da quinta sinfoniua de Beethoven, não é possível usufluir de toda a expressividade da música clássica ou erudita sem nenhum conhecimento profundo de mśuica. È mais fpacil sambar ou dançar jazz, dança contemporânea que dançar balé ou tango. A lei da preguiça prevalece sempre. Para a maioria das pessoas não entender, não compreender algo é mais fácil e preferível do que ter que aprender, compreender, acostumar com o novo e finalmente desenvolver uma nova compreensão, inteligência e sensibilidade.



As famílias de instrumentos musicais são três grandes famílias:


1ª A GRANDE FAMÍLIA DOS INSTRUMENTOS DE PERCUSSÃO


Consiste na primeira famílai de instrumentos musicais criados pela humanidade, ou pelos nossos antepasados, os primeirso seres humanos. Resultante do chouqe de dois objetos, produzem dois sons básicos, secos e graves ou agudos e com certo eco ( e variantes destes mesmos sons: graves e retumbantes e agudos e secos ) de modo que todos os instrumentos rtmos e percutidos satisfazem estas necessidades básicas sonoras.


O início d etudo isto quase que certamente foram a batida dos pés no solo e das mãos em palmas, sons graves e secos e sons agudos e com certo eco.


2ª A GRANDE FAMÍLIA DOS INSTRUMENTOS DE SOPRO



Muito mais elaborados, pois dependem de uma certa geometria e repetição eata de distâncikas, diâmetros e tudo o mais, gerando pela primeira vez sons determinados ( já que os instrumetnos de percusão geravam e geram apenas son sindeterminados! )

Têm estes instrumentos musicais duas origens distintas, por limitação geografica e de condições naturais:

Onde havia abundãncia de madeira ou mais exaatamente de banbus, surgem as flautas!

Onde havia falta de madeira e de banbus e oferta maior de chifres de animais mortos, nascem ou são inventaadas as cornetas ( corneta =pequeno chifre ) sendo que até hoje os modernos intrumentos de sopro da famĺia das trompas e cornetas ainda guardam o mesmo formato natural de um crifre.



3¯ GRANDE FAMÍLIA DOS INSTRUMETNOS DE CORDAS

Decisivametne estes são os insrtrumentos musicais resultantes da maior elaboração baseada em matemática e física dos sons, impossíveis de serem concebidos sem um profundo conhecimento matemático, de números fracionários, etc. A mãe de todos o sinstrumetnos de cordas é a Harpa, ou antes um instrumnto musical de uma corda friccionada, parecido com um berimbau elaborado ( a diferença é a corda usada ) onde se obtem infinitas notas em uma única corda sendo posśivel tocar neste instrumetbo msucial qualquer escala musical imaginada.





Algumas incompreensões acerca da música erudita ou clássica:

primeira: "uma música para dormir!"

Não é verdade! a que tem um ritmo previsível e constante, com repetição infindáveçl de células ritmicas é justamente a música ou o cancioneiro popular, a música de concerto ou clássica ou erudita, varia o tempo todo: de voluma, de ritmo, de andamento, de timbres e vozes e de duração. Tdos os cantortes populares cantam com as mesmas vozes e poucas tonalidades por mais de cinquenta anos fiéis por impossibilidade criativa e por imposição de uma carreira que os tornara famosos.

segunda: " a música ( canção popular ) é que faz sucesso!" mentira e novamente uma afirmação errada, uma falácia: obras eruditas fazem sucesso por três séculos ou mais e ainda terão novos ouvintes no futuro, cativados e maravilhados pelo seu reral valor!


terceira: ( apregoada por professores de história, sociólogos que nunca estudaram música de verdade, intelectuais de meia pataca): " a música erudita foi criada para aniquuiliar a música e a expressão popular da música popular!" outra mentira frágil: os países comunistas ( China, Rússia e até a pobre da Venezuela ) fornecem ao mundo os melhores e mais virtuoses músicos de concerto no mundo, antes e hoje!


quarta: "a música ( ou o cancioneiro ) popular é universal". A música erudita é universal e não se prende a guetos como a música popular que é nacionalista, de guetos, circuncrita à etnias, faixas etárias, classe econômica, geográfica, etc.


quinta: "a música erudita é elitista ( atribuindo esta falácia ao seu nome, música de que tem conhecimento ). Falso, a verdade é que a música erudita é meritória: uma criança toca o mesmo instrumento e respeitada pelo músico que já domina o instrumento há quatro cinco décadas. Independente de etnia, nacimento geográfico, nacionalidade, qualquer virtuose é reconhecido, amado, elogiado e justamente cultuado por sua capacidade como instrumentista. Vê-se ao redor do mundo pessoas de etnias, povos, origens diferentes, oriundos de povosd há pouco inimigos praticando e se expressando musicalmente juntos e respeitosamente.

sexta: algo pouco falado, nações e povos que se desenvolveram e  se desenvolvem matematicamente ( e a música é a matemática com uma estética sonora ) desenvolvem melhor e estão sempre a frente de tecnologias realmente ( e aparentemente ) abstratas, mesmo que estas tecnologias sejam ( tenham sido ) simplesmente herdadas de outros povos e culturas.

Não é à toa que simploriamente se repete que a música erudita desenvolve a inteligência abstrata a partir da emocional. Quem domina a linguagem da música, lendo escrevendo, compondo, arranjando, desenvolve uma outra língua e juntamente com a sua língua materna se torna bilingue.


Espero que você tenha uma abertura,  uma nova diposição para se abrir e compreender algo novo da qual você ou não tinha nenhuma informação ou muito pouca. Assista pelo menos cada um dos três vídeos desta postagem com a virtuose pianista Yuja Wang, observando a sua performance como de cada uma das orquestras e seus instrumentos.

Até a próxima!



Comentários

Postagens mais visitadas deste blog

AULA 011 A HISTÓRIA BREVE DOS INSTRUMENTOS DE CORDAS

AVALIAÇÃO DO ENSINO, DO APRENDIZADO E DA DIFUSÃO DA MÚSICA HOJE NO BRASIL

A MÚSICA EM UM MUNDO IDEAL