AULA 02 09/ 02 / 2022 OS GÊNEROS NO CINEMA ( CONTINUAÇÃO )
Quando falamos em cinema falamos no grande contador de
histórias/ estórias contemporâneo, substituindo todos os
contadores de coisas, de mitos, de fatos, de relatos de todos os
tempos até as pessoas mais idosas de nossas famílias, nossos avôs
e avós.
Se antes tínhamos conhecimento das nossas
histórias familiares, locais, regionais, agora não mais as temos e
sim histórias e relatos de lugares que não conhecemos, de costumes
que nos são estranhos e pouco naturais e valores que não são os
nossos. Se existe um lado bom é travamos conhecimentos de coisas que
nos seriam de outra maneira totalmente desconhecidas e assim
permaneceriam, como neve, alto mar, picos altíssimos, florestas e
desertos, povos e pessoas com outras características físicas mas
perdemos o que é mais próximo e aquilo que diria a nós mesmos com
muito mais propriedade, o que realmente somos e porque nos tornamos
quem nos tornamos.
Falamos anteriormente sobre os
principais gêneros do cinema, sim porque outros podem ser
acrescentados se no futuro a identificação de novos tipos ajudarem
a compreensão das diferenças e características singulares de cada
um.
Desta forma a Ação se diferencia da Aventura, pelo
fato da primeira ter certo compromisso com a realidade e a segunda
menos ou nenhuma. Têm em comum que as duas cinematograficamente
constituem exagero dos fatos, tanto quanto as nossas avós
acrescentavam detalhes inverossímeis às estórias ( com “e”
mesmo ) que nos contavam.
Desta forma embora a aventura
nos prepare para situações inesperadas do cotidiano a aventura
recorre a momentos pretéritos da história, civilizações passadas
ou imaginárias, mesmo modernas com indisfarçável exagero em prol
das personagens principais que vencem e escapam das situações mais
improváveis.
A aventura nos enche inconscientemente de
otimismo algo útil ( comprovável por diversas e louváveis
biografias de gênios da ciência, criadores de tecnologia, ou
salvadores de vidas ) em situações reais que aparentemente não
haveria nenhuma saída.
Filmes como o ”O homem de
Marte”, “Indiana Jones”, “Piratas do Caribe”, “Os
Vingadores”, todos os grandes filmes de “Batman”, “Superman”,
“ O Homem de Ferro”, e tantos outros clássicos como “O Mágico
de Oz”, “Alice no país da maravilhas”, e tantos outros mais
são bons exemplos de boas aventuras que nos distraem, provocam nosso
espírito aventureiro e vencedor.
Interessante que que
teve pouco ou nenhum acesso a esta fantasia, a este exagero saudável,
não formou bagagem suficiente para uma desejável superação na
vida, no mundo real. No máximo se adaptou sofrida mantendo-se na
compulsória sobrevivência.
O cinema, bem como todas as
estórias antes dele, e antes dele o Teatro, deu a capacidade a quem
era “letrado”, leitor e conhecedor de histórias, o
institucionalmente educado, algo que o desprovido de tudo isso não
tem: uma coleção de exemplos a si espelhar e a inspirar.
Logo
o “cinema” não é produzido para apenas divertir, ser um
entretenimento, mas vai muito além disso tanto na sua intenção
como no seu resultado e impacto em cada pessoa, mesmo que a pessoa
não se aperceba de seu enorme impacto e influência.
Como
seres humanos somos formados, programados por tudo que sabemos,
ouvimos ou vemos. E no cinema, ou seja, através da complexa
linguagem cinematográfica todas estas influências são não só
muito fortes como reais em cada um de nós.
O Romantismo é
um gênero artístico identificado na Pintura, na Literatura, na
Música Erudita e claro também no cinema, embora o romantismo tenha
surgido bem anteriormente à invenção do Cinema, posteriormente se
reflete na própria criação e produção cinematográfica. O
artista romântico bem como sua produção artística refletem um
idealismo exagerado, uma visão sempre perfeita da realidade, o que
obviamente não corresponde jamais ao que vivemos no dia a dia.
Entretanto todos nós precisamos da descrição romântica sem a qual
não conseguimos supor que sonhos se realizem e que percebemos no
mundo real também a pureza de sentimentos, de ações, de relações,
etc. Sem o romantismo não há sonhos.
Você já deve ter
percebido que embora o cinema, registre, mostre aspectos reais como
lugares, pessoas, épocas, costumes, como uma pintura em movimento de
épocas e temas, ele é apenas uma visão de quem o faz, o produz,
sendo uma tendência, uma opinião e nunca uma verdade absoluta mesmo
se tratando de um documentário ( pressupostamente um tipo de filme,
de cinema, com o objetivo de mostrar alguma “verdade” ). Logo
qualquer filme sobre qualquer coisa deve ser assistido, visto, sob
critérios críticos, separando-se coisas de coisas, cabendo ao
espectador o julgamento e o aproveitamento pessoal do que foi
mostrado, dito, interpretado, explicitado, etc.
Como o
cinema, o cinema arte, é uma obra de arte, uma produção artística
cara, trabalhosa e complexa tecnicamente é pouco provável que
alguém faça cinema , um filme, sem ter uma mensagem séria ou uma
opinião ao menos pertinente sobre qualquer coisa.
Há
outros motivos ou motivações para se fazer cinema e portanto
filmes: financeira, ganhar muito dinheiro, fazer fortuna;
influenciar pessoas, fazê-las pensar ou acreditar em uma causa,
avisá-las de algum perigo, criticar comportamentos e crenças e
fazê-las pensar sobre algo considerado importante; atrair ou trazer
pessoas para o seu próprio ativismo; fazer homenagens e estabelecer
referências, exaltar pessoas ou causas; denegrir, colocar em dúvida
ou reduzir personalidades ao seu tamanho e dimensões reais.
Enfim
é promissor conhecer o desconhecido por outros meios e fora da
tradição escolar ou educacional. Muito se aprende ou se discute
através da Arte fora do mundo estritamente acadêmico e isto é bom,
embora não exatamente seguro.
A SEGUIR DOIS FILMES PARA VOCÊ ASSISTIR NO YOUTUBE, INTEIRMENTE 0800
AÇÃO: "GOLPE DE RISCO"
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