UM OLHAR PARA A VIDA, NUNCA O PERCA
Um olhar para a vida,Olhe a sua volta,Aprendendo com as coisas,O seu olhar para o seu redor,As pequenas coisas da vida,Aprenda a viv er,Viva a vida,Diga que não.
Diga que não...
Uma abelhinha ou formiga voadora passou voando na minha frente, pousou no meu cabelo e voou alegremente sobre as minhas coisas na mesa. Temendo que algum adolescente idiota a matasse por prazer ou por medo inexplicável, afinal ela não pica, não morde e nem tem veneno, a prendi em minhas mãos e a soltei na janela. Várias vezes ela voltava como se tivesse criado uma afeição por mim fazendo os mesmos voos graciosos e aparentemente felizes na minha cara, ignorando o perigo de algum perverso fedelho a matar por matar, por ignorância ou falta de hedonismo verdadeiro e verdadeiramente filosófico ( não os de hoje ).
A nossa vida tem muita semelhança com dessa abelha sem veneno, solitária, inocente e dócil. Só que diferentemente dela que não tem o alcance de nossa capacidade de percepção ( ela tem outras que não as temos ), muitas vezes nos comportamos piores do que ela, ignorando os perigos que não são poucos. Como falar em “evolução” se oa acidentes mais patéticos e os resultados de decisões mais destemperadas são fatos que acontecem todos os dias? Como aquela canção do compositor que fôra seminarista: “ainda somos os mesmos que nossos pais” ( repetido como coro, bordão e mantra.
Mas já que eu mencionei, um helicóptero bimotor, daqueles enormes e caríssimos, entrou em parafuso durante um serviço de combate a incêndio em floresta, simplesmente por ter caído um tablete em um dos pedais que quando acionado faz a aeronave virar para a direita ou para a esquerda. No caso o helicóptero entrou em giro contínuo para a esquerda e desse modo perdeu toda a sustentação e proa ( deslocamento para a frente ). O resultado foi a morte imediata após o terrível choque com o solo, dos dois pilotos da aeronave.
Cidade de São Paulo, uma amiga concluindo seu doutorado na Europa vem visitar a sua amiga no Brasil. Como pessoas amigas com muito tempo longe uma das outras, na despedida tentam aproveitar ao máximo a companhia uma da outra, até que no limite, a anfitriã, se dispõe a levar a visita ao aeroporto, provavelmente no limite do horário do voo. Apressadamente com a mesma roupa que estaria em casa, short, camiseta e chinelos, se dispõe a levar a amiga em seu carro automático recém-adquirido. Em disparada ao adentrar em um viaduto em curva que dá acesso ao aeroporto, um pé do chinelo se enrosca no acelerador. O automóvel ganha velocidade repentinamente e a velocidade cresce geometricamente. Se a percepção da real causa do aparente defeito, sem olhar para baixo no painel, fato piorado por ser de noite e escuro, o carro não faz a curva a tempo, transpõe a mureta e cai de ponta cabeça, oito metros abaixo após um voo acrobático, na via sob o elevado.
O que tem esses fatos e a abelhinha, formiga, vespa pretinha e simpática do início do meu texto? Dirão vocês: nada! Está louco, referindo vocês a mim. Pois bem uma mulher branca sem se sentir oprimida por algum ódio racista, insatisfeita sabe-se lá porque com seus lábios, resolve fazer preenchimento labial com algum comprador de especialidades estética vendida por alguma das muitas entidade de ensino que espertamente se dedica a vender pacotes de especializações e como resultado, sobrevive, mas só após ser uma das únicas ou a única mulher no mundo a não ter lábio nenhum. Aliás vale a pena lembrar que essa coisa de valorizar o certificado, o diploma ou o título, é algo que mais recentemente os próprios professores criaram para si mesmo servindo de péssimo exemplo para alunos e sociedade. Eu já não enumero mais as declarações sinceras de colegas que confessam ter feito tal e tal pós-graduação, terem o título das mesmas e confessarem que “não sabem ou não se lembram de nada” ( sic ). Mais uma vítima da evolução humana. Prova inconteste que não estamos mais espertos, mais inteligentes e muito menos mais sábios.
Uma jovem acabara de se casar, tradicionalmente, ela o noivo, proporcionam aos amigos, colegas e conhecidos uma festa de ricos e de estrelas de Hollywood ( não vai aí nenhuma crítica ao sonho e algum desejo legítimo de fazer algo legítimo! ), ao posar para foto de costas para a piscina do espaço alugado a preço de um rim, a moça escorrega de cima do seu salto quinze e talvez com algum álcool na cabeça, cai e bate com a cabeça na beirada da piscina e morre afogada. Não há de minha parte a menor alegria ou o mais inconfessado prazer em lembrar desse terrível fato,mas justamente o de impedir outros semelhantes ou diferentes. Se alguém pouco ou nada observador ou cuidadoso tiver uma conversão genuína e passar a ser uma pessoa que cuide de si como alguém que atravessa um espaço grandioso carregando uma bandeja com taças de cristais valiosas e únicas, terá servido esse “testículo” de alguma valia.
Helvécio S. Pereira
Belo Horizonte, 04 de julho de 2024
Comentários
Postar um comentário