A CRIAÇÃO NA ARTE AULA 010

O senso comum revela que a maioria das pessoas atribuem a artistas a característica primeira, maior, de serem "CRIATIVOS".

Aparentemente a inventividade, a capacidade de fazer surgir algo "novo", "diferente", "difícil", "para poucos", quase que coisa "única", parece de fato, ser algo atribuido ao fazer artístico, algo que em parte possa ser verdade por ser a Arte uma instituição, um fenômeno social humano, que se nutre e se mantém viva por um incontrolável desejo de "novo", de novidade.

Mas o que seria de fato essa "CRIATIVIDADE"?


Estudos realizados em torno do fenômeno não conseguem apontar uma causa embora consigam ser bem efetivos no que concerne ao processo criativo de alguma criação já realizada. Ou seja: podemos explicar como alguém criou algo mas não porque esse alguém conseguiu ser criativo.

Outra questão é que ninguém cria a partir do nada! os artistas ou mesmo pessoas criativas na Ciência, sempre criam a partir de pequenos avanços anteriores oriundos, vindos de contribuições dispersas, perdidas e de indivíduos sem muita visibildade e importância, verdadeiros e réles anônimos. Eles apenas aglutinam, colam esses blocos isolados, dando uma realização ou existência com um sentido aplicável ou admirável.

Desse modo se pudéssemos despender tempo dando exemplos históricos, tanto na Arte como fora dela, poderíamos demostrar esse fenômeno aqui.

O que se sabe é que a criatividade é um processo  atemporal que pode ocorrer repentinamente, em horas ou a partir de uma elaboração mais lenta e profundamente requentada, repensada, vindo sabe-se lá de onde pelo próprio autor/ criador / artista.


Geralmente as obras de Arte que carecem, exigem de técnica mais apurada como escultura ou mesmo a animação requerem maior elaboração e criatividades mais refinadas. Entretanto também a criatividade é um ato monocrático, desse modo temos o inventor do Rock 'n roll, do Cubismo, da Pintura Abstrata, do Arco na Arquitetura, da Abóboda, da perspectiva do desenho, do Realismo, do Hiper Realismo, do Iê-iê-ê, da Bossa Nova, do Pop, do Blues, do Pontilismo, do Canto Gregoriano, no Balé, do Tango, da Dança Contemporânea, dos Quadrinhos, do Mangá, etc, etc.


Entretanto nunca confunda criatividade com esquesitice! uma coisa é ser inventivo, trazer à existência algo novo e outra coisa é fazer algo desprovido de nexo, grosseiro!







Professor Helvécio S. Pereira
graduado em Desenho e Plástica e História da Arte pela EBA/UFMG
e Pedagogo pela FAE/UEMG


 
 

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