TUDO É ARTE? QUALQUER COISA É ARTE? AULA 009

Como já vimos, a Arte é uma linguagem. A Arte portanto é meio e não um fim em si mesma. O artista produz uma obra para expressar algo e quem a vê, a ouve, a flui ( fluir a obra de arte significa senti-la de maneira mais ampla e o mais total possivel ) que tente compreender ou não o que foi expresso pelo artista.

Linguagem e língua são fenômenos diferentes: o ato de falar representa uma linguagem, a linguagem oral. Portanto, quando alguém fala, usa a linguagem oral entreanto os mais de oito bilhões de pessoas no mundo falam milhares de línguas diferentes!

No Brasil, embora poucos saibam temos cerca de 190 linguas catalogadas e consideradas portanto línguas oficialmente faladas no nosso país. Em todas essas línguas se cantam louvores à divindades, se dizem palavra respeitosas, se elaboram provérbios de sabedoria, há palavras chulas ( palavrões ) e termos e expresões sexuais e pornográficas nada louváveis e respeitosas.

Se você cmpreendeu o descrito acima facilmente entenderá que dentro da Arte, como linguagem, da mesma forma é possivel expressar-se coisas nobres, louváveis e coisas inúteis e desprezíveis, usando-se sempre, a mesma linguagem!

Ao começar a compreender a Arte, devemos ( e essa é a primeira grande vantagem ) separar o que tem valor do que é imprestável!


Tomando a religião como exemplo, todas e qualquer uma, sendo a religão a instituição humana mais respeitada, há oportunistas, embusteiro, ignorantes,loucos, hipócritas, irresponsáveis, ao lado e convivendo com fiéis e religioss louváveis e respeitados.

Na Arte é a mesma coisa! há uma multidão de oportunistas, apadrinhado, protegidos, alçados à condição de celebridades, com grande visibilidade e sem talento ou méritos reais nenhuns.

Sempre, alunos em quase trinta anos, me perguntam: tal gênero musical é música? ( quase sempre se referindo ao "funk"-se pronuncia "fúnk" )... e "aqueles rabiscos" nas pinturas "também é arte?"

Ou seja é possível, usando a Arte, produzir qualquer coisa que lhe venha à cabeça, mas não esqueça que há um critério para definir ou separar o que realmente tem valor e o que não tem,

o que é de fato, uma contribuição positiva à humanidade ou se é algo menos nobre e que produza degradação moral, de valores, etc.

Sobre o "funk" temos o gênero musical e o ritmo, duas coisas musicalmente diferentes, que veremos ao estudarmos sobre a Música. O ritmo, a sua invenção é positiva, sobre o "funk" como gênero musical há reparações e restrições bastante sérias. Ainda na música temos o gênero musical "Romântico". Este gênero musical pode ser acusado de exagerado otimismo e idealismo mas nunca poderá ser acusado de um ser um gênero musical pernicioso ou maléfico.

Finalmente, para que você saiba e entenda, há sim uma Arte de qualidade e uma que não possui qualidade ou valor e que não produza uma elevação humana. Cabe portanto a cada um de nós constantemente separar "alho de bugalhos" e não acreditar e aceitar acriticamente o que a mídia e o próprio mundo artista diz que tenha valor.







Professor Helvécio S. Pereira
graduado em Desenho e Plástica e História da Arte pela EBA/UFMG
e Pedagogo pela FAE/UEMG

 
 

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